segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Elogie em público e corrija em particular!!

Esta reflexão é certamente desnecessária para muitos. Peço que me desculpem aqueles que, por experiência própria ou aprendizado na convivência em equipe, compreendem que elogiar em público é um grande risco. A esses desde já indico que as linhas seguintes não trarão novidades. Nas minhas voltas pelas redes sociais tenho encontrado muitas expressões de apoio ao “elogio em público”, o que indica que há um grupo de pessoas que pode ter muito a ganhar ao repensar essa prática.
É certo que respeito e confiança são pilares essenciais a quaisquer relacionamentos. Assim também sucede no ambiente de trabalho.  Sempre acreditei que corrigir em particular fosse ótima medida para estreitar a confiança e um indicativo de respeito entre as partes...  desde que “corrigir” signifique “realizar  feedback adequadamente, com intuito de melhoria”. A propósito, não existe feedback negativo se realizado de forma adequada.
O elogio em público traz impactos diversos. O que a princípio parece tão somente uma atitude de estímulo a quem é elogiado, não deixa de refletir negativamente na equipe como um todo. Nenhum líder consegue observar com proximidade suficiente as ações de cada integrante de sua equipe para estar certo de que distribuirá elogios com equidade suportável...
E é nessas ocasiões que muitos colaboradores dedicados, leais e de ótimo desempenho se perguntam: “Por que eu nunca fui elogiado em público, e meu colega foi?”.  A resposta nunca partirá do líder, mas é certo que todos os presentes terão sua versão (e nada agradável, posso assegurar) dos motivos para tal sessão de elogio público. Também é comum notar certa animosidade da equipe em relação ao profissional elogiado.
Há exceções. Por ocasião de campanhas internas, como é comum às áreas de vendas, por exemplo, é adequado elogiar publicamente o profissional que conquistou o primeiro lugar. Também é muito apropriado elogiar a equipe como um todo, ou até mesmo realizações individuais consideradas unanimemente excepcionais (como quando um colaborador evita um acidente de trabalho, por exemplo).
Talvez fosse melhor então repensarmos a proposta: “Elogie em público com a devida moderação e cautela, e dê feedbacks em particular”.

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